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Viagens de curta distância: perfil do turista em MT mudou na pandemia

O Livre

Economia, medo de se expor à covid-19… Esses e outros fatores mudaram o perfil do turista em Mato Grosso. Os destinos de lazer é que estão em alta, a exemplo de Chapada dos Guimarães, Manso e Nobres. Nesses lugares, a ocupação – mesmo durante a semana – tem sido excelente para o setor.


E quem opta por viajar, agora faz viagens de curtas distâncias – até 300 km – e de carro.


“É o/a chefe de família, o casal de namorados que viajam de carro para destinos perto de onde moram”, explica Jack Abouddi, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Mato Grosso (ABIH-MT).

E embora alguns destinos estejam se saindo bem, a mudança no perfil do viajante trouxe, sim, impacto nas contas. Ainda colhendo os frutos do fim da temporada de 2019, os hotéis de Mato Grosso chegaram a ter 60% de lotação. Agora, o percentual chega a 40%, enquanto o setor esperar chegar a até 45% em dezembro.


“É muito abaixo do que tínhamos, mas é o que temos para hoje. Estamos trabalhando com essa ocupação. Todos os hotéis fizeram os ajustes necessários. Acredito que vamos voltar aos patamares no segundo semestre de 2021”, comenta Abouddi.


Outros ventos


Mas o vento parece estar mudando. O tom para 2021 é de “otimismo com responsabilidade”. A rede hoteleira em Mato Grosso já tem eventos programados para dezembro, janeiro e fevereiro. “A esperança é que não haja uma segunda onda [de covid-19] e tenhamos que passar por tudo de novo”.


O “tudo de novo” a que o presidente da ABIH se refere são aos seis meses que o setor ficou fechado e com receita zero. Estima-se que 3 mil pessoas ligadas ao setor tenham perdido o emprego durante a pandemia e que 40 empreendimentos fecharam as portas e ainda não reabriram.


Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor está saindo do “fundo do poço”. Em setembro, o faturamento do setor cresceu 28%, em comparação com agosto, e atingiu R$ 12,8 bilhões – o melhor mês desde o início do surto de covid-19, em março.

“O setor já está recontratando o que havia demitido. Por isso, não esperamos ter que daqui dois, três meses ter que demitir todo mundo de novo”.

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